quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Progresso, evolução… solidão
Progresso,
evolução… solidão. Vemos o exemplo extremo de como se pode desaparecer, envolto
numa solidão, com um desprezo gritante pela vida humana. Como é possível que durante
9 anos, e após os sucessivos apelos desesperados de uma vizinha, não se tente
descobrir o que acontecera com uma idosa que faleceu sozinha e que durante esse
tempo permaneceu no chão da sua cozinha. Evolução, progresso… solidão. Não
consigo compreender a família, ou que se dizem família, que não querendo ver
que esta senhora estivesse no interior da sua habitação já sem vida, a
abandonaram á sua sorte. Foi entrevistado um sobrinho… diz que bateu á porta…
arrombou a caixa do correio (talvez a procura dos vales da pensão), que existem
mais sobrinhos e também estava sozinho foi a desculpa… e mais nada. E assim
ficou… durante 9 anos a solidão foi a companhia desta senhora, no chão da sua
cozinha. Fala-se em progresso, evolução. Onde está esse progresso? A evolução
do homem e da sua “sociedade”? Será que está no cheiro...? Não cheirava mal…
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